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Atenção com a acessibilidade: pode lhe gerar processos!

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A suprema corte dos EUA permitiu que cegos possam processar a Dominos Pizza pelo fato do seu site não ser acessível, o que abre as portas para inúmeras outras ações judiciais nesta mesma direção. [Link]:https://www.latimes.com/politics/story/2019-10-07/blind-person-dominos-ada-supreme-court-disabled

É uma notícia importante por que com certeza ações similares poderão (se já não estiverem ocorrendo) ocorrer no Brasil o que, convenhamos, é justo e deve chamar a atenção de todos nós que trabalhamos com desenvolvimento front-end.

Sendo assim achei interessante iniciar esta discussão aqui com vocês mostrando uma iniciativa já antiga do governo brasileiro: o eMag, que é o modelo de acessibilidade para todos os sites do governo brasileiro. Se você vai tentar uma licitação aqui, tem de cumprir estas regras: http://emag.governoeletronico.gov.br

É uma iniciativa bastante interessante que, confesso, não sei se está ativa atualmente. Pra levantar então a discussão, quais iniciativas vocês conhecem nesta direção e as maiores dificuldades na implementação de sites acessíveis?

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Não conheço iniciativas, mas uma vez quis fazer um launcher para o Android para minha mãe com letras e ícones grandes, já que ela sentia dificuldade com o celular. Pesquisei sobre e confesso que não achei muito material sobre UX com acessibilidade, acabei utilizando outra iniciativa de launcher já implementada que serviu.

Mas o que percebi na época é que acessibilidade não era ensinado em cursos ou cogitado em matérias de faculdade (pelo menos aqui na cidade que moro) e para achar material tinha que se esforçar. Hoje está muito melhor mas não vejo iniciativas parecidas em sistemas corporativos (com o que mais trabalho) colocando acessibilidade como requisito funcional. Talvez porque a maioria das empresas grandes contratem pessoas com necessidades especiais na quantidade da cota por lei, sem realizar uma “isonomia” no processo seletivo.

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Oi! Acho que não é apenas o fato de que empresas grandes contratem pessoas com necessidades especiais apenas em função da lei (outra discussão isso, enorme), mas é mais perverso ainda: não há reconhecimento do portador de necessidades sequer como consumidor, como usuário. No caso da pizzaria, a indenização é por discriminação, não creio que no caso do Brasil, sem uma lei que determine e dê parâmetros de acessibilidade, um processo desses tenha sucesso. Há exceções, claro, mas enquanto for facultativo, acho que teremos poucos avanços.

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