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O que você faria?

Você é um estudante de análise e desenvolvimento de sistemas. Segundo ano. Mora no interior do estado de São Paulo com sua família e trabalha numa empresa bacana (em outra cidade, então viaja todo dia) há um ano, com um salário médio e a certeza de que tem emprego pelos próximos cinco anos (seguramente).

No setor onde você trabalha, é o único que trabalha com X linguagem. Aprendeu tudo na raça, pq ngm te explicou sobre a linguagem.

Aí, você recebe uma proposta de emprego na capital. Teria que largar toda sua vida, ingressar numa faculdade lá e trabalhar num setor onde todos usam a linguagem X e viver no caos de SP.

O que você faria?

Por um lado, penso na estabilidade que tenho aqui. Eu sou novo ainda e tal, aqui onde eu estou eu aprendo MUITO e gosto de todo mundo com quem trabalho. O salário não dá pra reclamar mas não é excelente…

Já em SP eu estaria trabalhando num setor muito bacana, com tudo perto e tal…

Não sei pq mas a coisa que mais me prende aqui no interior não é nem família nem nada, e sim a dificuldade que tenho de sair dos lugares. Só de pensar em sair da empresa que tô eu me sinto muito culpado e super mal…

Olha, a única coisa que posso dizer é que não será a única nem a melhor proposta que você receberá na sua vida para trocar de emprego.

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Primeiro, penso que você deve atentar bem para o que foi dito pelo @kicolobo. Eu atesto e dou fé :slight_smile:

Nesse caso específico, acho que o que pode te ajudar é saber claramente que tipo de pessoa você é: você segue a vida, ou tenta direcioná-la? Nenhuma das opções é certa ou errada, e o importante é que você saiba quem você é, ou melhor dizendo, em que momento está.

Senta que lá vem história!

Eu posso te falar do segundo caso, que é o meu. Conforme vou trabalhando e estudando, vou mexendo em minhas preferências e objetivos. E, então, quando chega uma oportunidade (e elas chegam, aos montes), eu dificilmente fico em dúvida.

Mas uma coisa posso te dizer: trampar em Sampa é muito legal. Vivi essa experiência, e mudou minha carreira, ainda que tenha sido pesado (sou casado, pai, e ficar fora de casa quinze dias era doído).

Pra resolver isso, mudei de cidade (é um senhor movimento), e a coisa melhorou, pois estava em casa todo dia. Mas eram 6 horas gastas todo dia entre ir e vir a São Paulo, mas nessa dificuldade eu estava concentrado em conseguir um emprego em que pudesse trabalhar remotamente.

Demorou um pouco, mas rolou.

E algo que percebi é que se eu tivesse me preparado financeiramente, tudo seria mais fácil.

Boa sorte em sua escolha!

E também tem de tomar muito cuidado com a malícia dos recrutadores: não raro colocam uma pressão enorme no candidato com aquele papo de que “é agora ou nunca” que, bem sabe quem está do outro lado contratando (eu), é balela.

Só serve para obter rapidamente a mão de obra necessária sem ter a menor preocupação com o bem estar da pessoa. Aí o candidato aceita sem pensar tanto na coisa e lá na frente se arrepende.

Dica: se te falaram algo assim, pense duas, três, quatro vezes antes de dizer sim.

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Não me falaram!

É uma proposta realmente boa, ainda mais que é em uma “escola” sobre tecnologia e isso é fantástico pq eu amo ensinar.

As duas coisas que tão na minha mente é:

  1. lá eu vou trabalhar com a linguagem que eu gosto e com profissionais altamente capacitados nessa linguagem, vou aprender muito e querendo ou não eu estarei saindo do interior pra uma vida em sp
  2. eu gosto do meu emprego aqui no interior. A equipe onde eu trabalho é bacana, não me cobram nada, tenho prazos grandes e se eu tô de bobeira sem fazer nada eu posso estudar absolutamente o que eu quiser.

Mas algo que também pesa é a mudança de vida. Quer dizer, vou ter que ingressar novamente numa faculdade diferente (já fiz uma transferência), vou ter que alugar uma casa em SP e viver e tudo mais… Então, não sei. Eu tô perdido e tô pensando se esse medo de mudar é apenas comodidade ou se tem alguma base fundada.

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