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Bye-bye, foosball. Here are the perks that truly attract top-notch talent

Chegou a hora de acabar com os playgrounds das empresas e focar no que da resultado de verdade, né?

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Interessantíssimo.

Algum tempo atrás (8 de janeiro deste ano) a Harvard Business Review escreveu um artigo nesta linha que é muito interessante e que gerou um podcast, que pode ser lido e ouvido neste link: https://hbr.org/ideacast/2019/01/the-harsh-reality-of-innovative-companies

Artigo original: https://hbr.org/2019/01/the-hard-truth-about-innovative-cultures

Anos atrás (2013) escrevi em meu blog algo a respeito e sofri sérias consequências, do tipo passar em um processo seletivo e logo na sequência ser tirado fora por causa daquilo que havia dito. Confesso que isto me dá um orgulho do caramba deste post: https://www.itexto.com.br/devkico/?p=1460

Mas discordo da ordem da pesquisa: há um número 0 aí que é saber que está realizando um trabalho que agrega de fato algo e gera valor pra sociedade. Valor este que pode ser inclusive meramente intelectual. Resumindo: o trabalho deve ser digno. Diversas vezes trabalhei de graça pra obter isto e não me arrependo (mas também não recomendo).

De nada adianta ganhar uma fortuna se o que você faz te gera repulsa.

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Outro dia mesmo conversava com um grande amigo publicitário, e ele me dizia que nas agências, ambientes também altamente infectados pelo vírus cool, é bem perceptível aos olhos dele que os funcionários seniores e/ou em posições mais prósperas financeiramente, nitidamente se comportam complemente diferente da “molecada”. Ou pelo menos não dão os mesmos pesos para esses detalhes estéticos. Ainda segundo ele, espanta ver como muitos não enxergam isso, e não mudam de postura para prosperarem também, e seguem entorpecidos pelos subterfúgios cool em troca de salários modestos e possibilidades de crescimento nulas.

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já observei este comportamento também: você vê claramente os adultos isolados das crianças.

por um bom tempo acreditei que isto era proposital: hoje percebo que há também um aspecto darwiniano nisto.

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Um ponto que eu julgo importante também é o suporte que a empresa dá para você executar o trabalho de forma profissional oferecendo boas máquinas, boas ferramentas, bom suporte, boa organização, boa gestão… Não tenho medo de complexidade, mas preciso de condições para lidar com ela! Nada pior do que colocarem um pepino enorme na sua mão, você querer fazer a coisa direito mas ser obrigado a solucionar a coisa de forma amadora.

Já ouvi inúmeros casos, dentro e fora da TI, de bons profissionais que abandonaram o navio quando viram que a coisa estava sendo conduzida de forma negligente. Não raro as negligências vão se acumulando e você se afunda na lama: começou errado, tá tudo errado, não tem como jogar fora e fazer de novo e você é pago para conter o caos continuamente.

neste caso a grande dificuldade é perceber que a coisa está afundando: muitas vezes você simplesmente não nota ou se dá conta enquanto gestor.

E aí entra aquela questão do ovo e da galinha: não percebe por que não recebe feedback. Não recebe feedback por que a equipe pode na realidade não ser uma equipe, mas sim seus adversários na prática (sim, acontece e tenho as cicatrizes pra mostrar).

Sobre isto (perceber os fatos) existe um livro FENOMENAL que recomendo demais a leitura mas é muito difícil de ser encontrado. Se chama “Only the Paranoid Survive” do Andy Grove (existe uma tradução para o português. Li tanto a tradução quanto o original). Foi um dos livros que mudou minha vida.

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No entanto o que noto também em alguns destes ambientes felizes é a questão de se tentar mascarar a tensão com diversão, o que acho algo extremamente perigoso.

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Realmente! Esse assunto daria outra thread. Refletindo na sua fala sobre o feedback, eu enxergo minha trajetória. No início da minha carreira eu nem percebia essas negligências e absorvia o cenário adverso como um desafio no qual eu tinha que me desdobrar para resolver (em partes isso é até belo). Lembro de sentir o receio de dar feedback para o chefe de que algo estava com mal cheiro. De certa forma estaria admitindo que eu não tinha uma solução fantástica para o problema, e isso machuca o ego. Aos poucos fui acostumando a botar as cartas na mesa vendo colegas mais maduros fazerem isso sem o menor pudor. No fim você fica no barco afundado, mas pode falar “não foi por falta de aviso”. Há o extremo também né: o chato que só faz as coisas se tudo estiver plenamente favorável e estruturado, faltando jogo de cintura. Enfim, de qualquer forma, no quesito aspectos a serem valorizados para ficar num emprego, essas boas condições para enfrentar os desafios me chamam muito a atenção.

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estas boas condições inclusive estão na lei, né? Se chama CLT

tem gente que coloca isto como benefício, não é: é cumprimento de lei.

Não não, posso ter me expressado mal. Não que as condições “humanas” sejam secundárias. Mas digo boas condições técnicas. Ambiente de desenvolvimento, máquinas, ferramentas, suporte, levar a sério o rigor da engenharia, gerenciar bem as equipes, etc.

Também entra dentro da CLT isto.

itexto