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Até quando eu vou programar?

Alguma vez já parou para refletir até qual idade gostaria de trabalhar como desenvolvedor? Ou seja, até qual idade você estaria satisfeito que a maior parte do seu tempo seja dedicado para escrever software? Qual idade 40, 50, 60 ou 70 anos ou mais?

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No meu caso até morrer daqui a alguns milênios. Esta foi inclusive uma das razões que me motivou a fundar a itexto: via muitos colegas de trabalho que, com o passar do tempo, migravam do desenvolvimento para gestão e se tornavam simplesmente péssimos gestores (e pessoas extremamente infelizes).

No meu caso montei uma estrutura que cuida da gestão pra mim e eu me ocupo apenas do que realmente gosto de fazer, que é projetar e construir sistemas.

E sinceramente? Já to com mais de 20 anos de atuação (comecei em 1996) e percebo que quanto mais velho, muito melhor fico, assim como os poucos colegas que resistiram até hoje.

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Hasta la muerte!, pelo menos :slight_smile:

É uma profissão que nos permite isso, apesar dos preconceitos em muitas empresas. Se tudo deu certo, a gente vai melhorando com o tempo. Uma das coisas que me ajuda é a variedade de tecnologias pelas quais passei e sobrevivi ao longo das décadas (já são mais de 30 anos programando).

Eu só me liguei que posso ser um desenvolvedor pra sempre, recentemente. Há uns poucos anos eu estava preocupado em como seguir minha carreira, mas fiquei feliz e tranquilo quando percebi que poderia continuar sendo um programador, ainda que evoluindo no que se refere a prospecção de trabalhos, capacidades sociais para facilitar a comunicação e alinhamento com o pessoal da linha de frente dos negócios, e talvez, programando um pouco menos, mas programando.

Há o que o @kicolobo relatou do caminho dele, oportunidades em opensource, trampo remoto para o exterior, tudo isso são modos pelos quais podemos nos manter para muito além dos 30yo na carreira.

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Eu estou a 25 anos trabalhando na área de desenvolvimento de software, já exerci os cargos de programador, desenvolvedor, gerente de projetos, QA e voltei a ser desenvolvedor.

Tenho 46 anos e estou muito feliz trabalhando como desenvolvedor/arquiteto de soluções em uma das maiores empresas do setor de serviços terceirizados no Brasil.

Não sei até que idade irei desenvolvendo e projetando sistemas, mas já sinto o peso da idade, não é tão fácil você ficar horas e horas sentado em frente a um computador, e manter a concentração.

Vou começar a me exercitar mais na academia com musculação e perder uns 15 quilos, para ver se melhoro hehehehe.

O Desenvolvimento de software continua a me motivar com novas possibilidades e áreas de atuação sendo criadas.

"Ciência da computação tem tanto a ver com o computador como a Astronomia com o telescópio." [Edsger Dijkstra]

A Frase acima nos revela a Infinitude desta área.

Concordo com o Kicolobo, quando mais velho, melhor ficamos.

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Opa @luizlh, estamos com a mesma idade.

Esse cuidado com a saúde, inclusive, aprendi mais com os jovens que estão chegando, do que com os velhos colegas mortos ou infartados (eu tive depressão). Sou um sedentário convicto, mas desde quando resolvi fazer uma caminhada pela manhã, antes de trabalhar, minha disposição melhorou muito. Cuidados com alimentação como menos café, mais frutas e muito mais água, refeições não baseadas apenas em pizza e sanduíche, tudo isso essa galera que tá chegando tem me ensinado.

E são cuidados que podem garantir a longevidade de vida, e na profissão.

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Todos nós conhecemos histórias de bons técnicos que viraram gerentes para ter um ganho financeiro maior ou mesmo para deixar de codificar. Algumas das vezes essa troca não torna o profissional feliz. Questões sobre o peso da idade e o preço que será cobrado por passar a maior parte da vida sentado em frente em uma tela me fazem refletir sobre o futuro. A profissão de desenvolvedor é muito recente. Talvez seremos a primeira a geração a ter essa como a única profissão. Algo para se refletir.

Bem, acho que eu sou o novato aqui. Tenho 18 e tô trabalhando faz quase um ano com desenvolvimento de software. Como novato eu nunca parei pra pensar nisso, e agora to refletindo. Não quero parar de programar nunca, mas sou muito inseguro com tudo. Aqui na empresa parece que cada um sabe de pelo menos cinco linguagens de programação, e eu só sei Java (mas me orgulho de dizer que conheço bem!), então ainda tenho muito o que pensar e aprender até pensar na possibilidade de um dia parar…

Eu pretendo fazer isso até o fim da vida. Digamos que eu crie uma empresa milionária algum dia: eu contrato o CEO e continuo no time de desenvolvimento.

Ora ora, você por aqui?

Eu tenho uma dúvida: Se eu fundei a empresa e contratei um CEO, eu continuo sendo “dono” da empresa? E tipo, eu posso mandar e tal?

exatamente o que eu fiz, só que não no fim da vida :smiley:

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sim, continua, o CEO é essencialmente o administrador dela, mas isto varia de acordo com a organização de cada empresa.

Diga-se de passagem, estes cargos cujo nome é uma sigla são bem antipáticos na minha opinião. Coisa de colono tentando imitar colonizador #paz

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O único cuidado é se for uma startup, que, em geral, pra cada rodada conquistada, significa que os sócios fundadores vão se tornando minoritários (em troca do dinheiro captado) e acabam mandando menos (com a exigência de profissionais especializados para as diversas frentes administrativas, e alterações no contrato da empresa), o que pode chegar na situação do fundador se tornar um peão com o privilégio de possuir algumas ações da empresa :slight_smile:

É isso que fiquei pensando.

Na real tudo começou quando vi que o Bill Gates não é mais CEO da Microsoft e tals. Ai bateu a dúvida: Será que ele manda na Microsoft?

neste caso manda, e bastante.
Em empresas muito grandes como a Microsoft, lá nos EUA, em que você tem o capital aberto (isto é, tem ações na bolsa) costuma haver o que chamam de “board of directors”.

Estes caras é que são a base de conselho do CEO e, mais importante, que freiam as ações do CEO. São eles que inclusive escolhem quando o CEO deve ser substituído. Foram eles que demitiram o Steve Jobs da Apple, por exemplo, em 1985, e também foram eles que definiram que “aconselharam” o Steve Ballmer a deixar o cargo de CEO da Microsoft.

E outro conselho que também existe é o dos acionistas, que também podem interferir na tomada de decisão da empresa. Neste caso, como fundador, naturalmente você entra para o conselho de acionistas também.

Em empresas grandes se aprendeu algo que devíamos aprender na política: que nem todo o poder deve ser concentrado nas mãos de um só.

Programar é vida! Posso até mudar de carreira, mas ainda assim usaria muito a programação para automatizar minhas tarefas e como hobby em meus projetos paralelos.

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